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Tanzânia: a terra de aventuras, vida selvagem e natureza

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Tanzânia: a terra de aventuras, vida selvagem e natureza

by Goreti Teixeira

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É para a Tanzânia que vamos neste post, para aquele que é o maior país a oeste de África e onde a vida animal e humana varia até ao infinito. Outrora, exploradores europeus percorreram os seus territórios à procura da nascente do Nilo. Hoje, este lugar exótico acolhe todos os anos milhares de visitantes.

Como parte de África que é, a história dos homens nesta região perde-se no tempo. Aliás, pela passa o grande vale do Rift que ao que tudo indica foi o berço da humanidade. No entanto, só muito recentemente surgem testemunhos históricos deste país que se tornou independente a 26 de Abril de 1961, quando, primeiro a Tanzânia e depois Zanzibar, se libertaram da colonização britânica.

A Tanzânia tornou-se, em finais do século XV, um importante entreposto comercial de escravos e especiarias, tendo-se tornado motivo de disputa entre comerciantes portugueses e árabes e, posteriormente, entre várias forças políticas.

É a partir do início do século XIX, aquando da imigração de guerreiros Masai do Quénia, que se dá uma reviravolta histórica no país, uma vez que eram muito poucos aqueles que se atreviam a penetrar em território defendido por estes guerreiros.

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A noroeste da Tanzânia ergue-se o Kilimanjaro, a mais alta montanha de África. Os seus 5895 metros de altitude brotam de uma grande planície que precede a costa com o oceano Índico. Verdadeiramente única entre as montanhas do mundo é composta por três vulcões extintos: o Kibo (5895 metros), o Mawenzi (5149 metros) e o Shira (3962 metros).

Tanzânia: o que fazer?

Para qualquer visitante que se proponha a uma viagem como é indispensável fazer uma excursão de trekking até ao cume do monte Kilimanjaro, onde poderá explorar a vida selvagem e apreciar a beleza da região. Num safari pedestre podem observar-se vários animais selvagens, nomeadamente elefantes, rinocerontes ou búfalos, além de uma enorme variedade de aves e paisagens de cortar a respiração.

O Parque Nacional do Kilimanjaro, que abriu as suas portas ao público em 1977, tendo sido declarado Património Mundial pela UNESCO em 1989, inclui toda a área acima dos 2700 metros de altitude. No parque, poderá escolher qualquer uma das seis trilhas pré-definidas: Marangu, Umbwe, Machame, Shira, Rongai e Mweka, através da reserva florestal do Kilimanjaro.

A cratera de Ngorongoro, uma das maiores crateras inativas do mundo, é um dos últimos paraísos na terra, praticamente intocada pelo homem. A cratera, de dois milhões e meio de anos, tem 260 quilómetros quadrados, 610 metros de profundidade e quase 20 quilómetros de diâmetro. A sua altitude varia entre os 1500 e os 3648 metros. Dentro da cratera, existem pelo menos cerca de 25 mil animais, na sua maioria zebras.

Ngorongoro

O clima variado e as diferentes altitudes do Ngorongoro fizeram com que se criassem distintos habitats que passam pelos lagos salgados, os pântanos, os riachos, as planícies de savana e até uma floresta tropical. A água acumulada na estação das chuvas flui para a planície na estação seca, o que garante a sobrevivência e o alimento às espécies animais e vegetais.

 

O ecossistema acolhe as migrações sazonais e favorece a reprodução das mais diversas espécies. O Ngorongoro é, por exemplo, o refúgio do rinoceronte-preto, dos hipopótamos, das girafas e dos elefantes. Aqui, também é frequente observarem-se guerreiros das tribos Masai, que pastam os seus rebanhos de cabras e vacas nas encostas da cratera, por terem receio de perder as suas cabeças de gado nas garras dos felinos, fora da cratera. Milhares de flamingos rosa povoam os lagos salgados, mas existem ainda outras aves migratórias que podem ser vistas como os gansos do Egipto, garças e cegonhas europeias. No total, são mais de 100 espécies diferentes.

A savana é povoada por manadas de zebras, gnus, gazelas, búfalos, leões, leopardos, chitas e chacais. No Ngorongoro, estes animais encontram as presas ideais para se alimentarem. A eles juntam-se ainda as sinistras hienas e os necrófagos abutres.

Se tiver um tempinho não deixe de passar pelo Zanzibar, um arquipélago idílico em pleno oceano Índico. Neste paraíso tropical, famoso durante séculos pelas suas especiarias, madeira e escravos, fonte de produtivas trocas comerciais, vai encontrar praias desertas, águas transparentes e uma atmosfera completamente tranquila e envolvente, perfumada com o suave aroma das plantas aromáticas.

Aberto ao turismo apenas há cinco anos, este arquipélago mantém um elevado estado de preservação do seu meio ambiente, com uma arquitetura que recorre exclusivamente aos meios disponíveis na ilha, sendo, assim, marcadamente regional. Os espaços são amplos e arejados, com construções feitas em madeira e bambu, nas quais os mosquiteiros substituem os vidros e o branco impera.

Tanzânia: o que comer?

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Os hábitos gastronómicos da não diferem muito dos da África Oriental. Um dos pratos mais populares é o ugali, semelhante ao funge angolano, mais conhecido entre nós, embora feito com farinha de milho fervida com água até adquirir uma consistência semelhante à da massa de rissóis, sendo servido como acompanhamento de pratos com molho, como os guisados.

Outro dos pratos que se destaca é o chamado pilau, um prato de arroz condimentado com especiarias de sabor intenso, como canela, cominhos, caril e malaguetas. Tradicionais são também as receitas com leite de coco e banana, usadas em sopas, pratos de peixe e carne e em sobremesas. O chá é uma das bebidas mais consumidas na região, sendo particularmente associado a atividades sociais.

Se gosta de aventura a Tanzânia é, sem dúvida, um destino a ter em conta.

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