Belmonte oferece mais do que história a todos os que visitam o concelho
Neste post prestamos uma visita a Belmonte, a mítica terra de Pedro Álvares Cabral. Aproveite para passear entre majestosos monumentos históricos e idílicos refúgios naturais.
Na aba da montanha da serra da Estrela, o concelho de é uma das regiões mais belas do País. Trata-se da Cova da Beira, onde se forma o curso médio do belo e majestoso rio Zêzere, do qual os cursos de água do concelho são subsidiários.
Para quem não sabe, a palavra Belmonte tem a ver com monte e com belo. Fora do plano etimológico, liga-se à ideia de cabras, por vias dos Cabrais. Um deles o famoso Pedro Álvares Cabral.
Até ao início dos anos 70 a população de Belmonte vivia exclusivamente da agricultura, mas no final do século XX, assistiu-se a um grande desenvolvimento dos sectores industrial e terciário. Nasceram diversas indústrias de confecções, um dos factores do sustento económico da vila de Belmonte, do seu concelho e dos concelhos limítrofes.
A não perder em Belmonte
O castelo de é um dos locais que não pode deixar de visitar. Uma construção militar cujas origens remontam ao século XIX, tendo sofrido actualmente diversas remodelações. O pelourinho é outro dos lugares a não perder. É o símbolo medieval de poder municipal e representa uma prensa de azeite. Junto dele era aplicada a justiça e anunciadas publicamente as decisões e directrizes do poder central.
Foi destruído no século XIX, mas nos anos 80 foi reconstruído. Não deve esquecer de visitar também a famosa Igreja de São Tiago, um templo românico do século XIII que sofreu alterações com o decorrer dos tempos. No século XIV, foi construída a capela de Nossa Senhora da Piedade, um interessante conjunto gótico. Em finais do século XV, é-lhe anexado o Panteão dos Cabrais, onde hoje estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares Cabral.
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Sugerimos-lhe agora uma passagem pela Igreja Matriz, uma construção recente dos anos 40 que alberga a imagem quatrocentista de Nossa Senhora da Esperança que, de acordo com a tradição, é a santa que Pedro Álvares Cabral levou na sua viagem de descoberta do Brasil. Imperdível é também a Tulha, um magnífico edifício de granito do século XVIII, onde eram armazenadas as rendas da família Cabral. Hoje encontra-se aí instalado o Ecomuseu do Zêzere, uma estrutura que aborda o rio Zêzere numa perspectiva do seu património natural e cultural, privilegiando os aspectos ligados à fauna, flora uso do solo e povoamento.
Por último, e como último local de visita passe pela Capela Gótica da Nossa Senhora da Piedade, onde encontrará uma belíssima pietá, escultura gótica, monolítica, em granito da região, e pela sinagoga, um templo da comunidade judaica de Belmonte.
A hora do repasto
Tal como acontece em todo o interior do País, o concelho de também é rico em gastronomia. Dois dos pratos típicos da região são o cabrito assado e o bacalhau à lagareiro. Além disso, à mesa de um beirão, não podem faltar os tradicionais enchidos, como a morcela, o presunto e os queijos.
Quanto a doçaria, a ementa é bem recheada: coscoréis, filhós, bilo de ovos, leite-creme, arroz-doce e papas de carolo são algumas das especialidades da vila. O sequilho, o bolo de ovos e as bicas são, provavelmente as especialidades mais antigas de Belmonte. Para acompanhar todas estas iguarias aproveite para apreciar o vinho branco e tinto da região.
A foto do castelo que ilustra este artigo, não corresponde ao castelo de Belmonte terra de Pedro Alvares Cabral, mas sim a Belmonte município situado na província de Cuenca, Comunidade Autônoma de Castilla-La Mancha, (Espanha).
O castelo de Belmonte que pertenceu a família Cabral é bem diferente
Olá Daniel, Muito obrigado pelo seu comentário e rectificação. Já alteramos a imagem para o verdadeiro Castelo de Belmonte da família Cabral. Abraços e boas viagens! 🙂