A vila de Alter do Chão surpreende os visitantes pela história
Considerado um dos destinos mais fascinantes e acessíveis da Europa, escolhemos levá-lo neste post até à vila de , situada no Alto Alentejo. Um local de recantos encantadores, de edifícios que remetem para outros tempos e histórias de um Portugal tão antigo como atraente.
Serena e acolhedora, a vila de Alter do Chão estende-se em redor de um belo castelo, edificado no século XIV e mandado construir por D. Pedro I. As casas brancas, com belas fachadas de cantaria dos séculos XVII e XVIII são o testemunho vivo do carácter nobre e fidalgo desta simpática vila alentejana.
Reconhecida pela riqueza do seu património, Alter do Chão é também famosa pelo seu estabelecimento de procriação e aperfeiçoamento das raças cavalares (coudelaria), fundado no século XVIII, no reinado de D. João V. Oriundo da Coudelaria de Alter era o conhecido cavalo Gentil, modelo para o cavalo da estátua de D. José no terreiro do paço, em Lisboa.
Actualmente, a Coudelaria d’Alter, tutelada pelo Serviço Nacional Coudélico, tem a mesma localização e mantém os mesmos princípios: fornecer cavalos à Escola Portuguesa de Arte Equestre e exportar para o resto do mundo.
Ao que tudo indica as origens de Alter do Chão remontam à época romana, à cidade Abelterium, que era atravessada por uma das três vias militares que ligava Lisboa a Mérida e da qual, possivelmente, fazem parte as ruínas das Termas que se encontram junto à Vila. A primeira carta régia de foi concedida no reinado de D. Sancho II, em 1232, e a segunda, em 1512, pelas mãos de D. Manuel. D. Nuno Álvares Pereira, de cognome o Condestável, foi senhor da vila por doação de D. João I, facto que incluiu Alter na Casa de Bragança.
A gastronomia de Alter do Chão
Rica e variada, a cozinha tradicional desta região oferece sumptuosos manjares. E como o nosso desejo é também sugerir-lhe uns dias gastronómicos, delicie-se o mais que puder com os pratos típicos de Alter do Chão. Entre as iguarias que caracterizam a gastronomia da região, destacamos o sarapatel, o saboroso ensopado de borrego com arroz amarelo e as fatias da china.
Depois desta viagem pelos sabores alentejanos, e para fazer uma boa digestão, faça um passeio pelos diversos monumentos que a vila tem para oferecer. Um dos mais importantes é o castelo de que dá nome à vila, mandado construir por D. Pedro I, em 1359, quando já não se construíam castelos deste tipo, adaptado à defesa e contra-ataque entre mouros e cristãos.
O castelo de pertence à Casa de Bragança e está classificado como monumento nacional. Entre tantos edifícios majestosos, vale apenas conhecer a Estação Arqueológica da vila, a Igreja do Convento de Santo António (século XVIII), o Palácio e Quinta do Álamo (século XVII), a monumental ponte romana de Vila Formosa e a Coudelaria que já referimos anteriormente.
Outro motivo de interesse são os marcos de arquitectura decorativa, espalhados por Alter do Chão, nomeadamente o chafariz da Praça da República, que ostenta dois brasões de armas, o dos duques de Bragança e o da vila, construído no ano de 1556.
Aqui ficam boas razões para escolher a vila alentejana como destino das suas próximas férias ou fim-de-semana. Pela sua tranquilidade e beleza inconfundível, os seus dias serão certamente relaxados, longe da agitação citadina.