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Và à Bairrada, prove o leitão e dê um passeio pelo Buçaco

Bairrada

Và à Bairrada, prove o leitão e dê um passeio pelo Buçaco

by Goreti Teixeira

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Neste post propomos-lhe uma escapadinha de dois dias à região da Bairrada. Um encontro com deliciosas iguarias, tendo como cenário as bonitas paisagens do Buçaco. Dois dias para descansar e retemperar forças.

Quando se fala em Bairrada a primeira ideia que nos surge é o inigualável leitão assado que se confecciona naquela região e os grandes vinhos que aí são produzidos. Mas com o Buçaco ali ao pé, os seus dias serão de plena descoberta. Com uma área de cerca de 105 hectares, a mata do Buçaco é apresentada aos seus visitantes como uma das maravilhas do mundo pela sua beleza paisagística, pelo seu planeamento, e, sobretudo, pela grande variedade de flora que aí existe, com mais de 700 espécies vegetais.

Um local idílico para namorar, descansar e recarregar baterias, com maravilhosos lagos, quedas de água e riachos a comporem o cenário. Árvores seculares formam um conjunto muito original e agradável aos sentidos. O barulho da água a correr é uma constante e é difícil ver o Sol dada a imponência destas árvores que contemplam anos de história.

A escassos quilómetros daqui situa-se a simpática e acolhedora vila do Luso, onde existe a estação termal homónima, com águas ligeiras e cristalinas. Uma vez mais a natureza é a principal protagonista e as águas a cura para algumas maleitas. Mas quem vai ao Luso não deixa de beber as suas águas que jorram da fonte de São João, localizada no centro da vila. Muitas das pessoas que por aqui passam, além de encherem as suas garrafas de água para beber, aproveitam ainda para encher algumas garrafas para oferecer. Durante a sua passagem pelo Luso, visite ainda a Igreja do Convento, onde poderá apreciar os azulejos setecentistas no altar-mor e a tela de Joseja de Óbidos.

Um pouco da história

bucaco-mata

Existem duas teses sobre a origem do nome Buçaco: a primeira defende que este nome deriva da aglutinação de duas palavras latinas Boscum Sacrum, que significa bosque sagrado; a segunda vai buscar a origem do nome à transformação da palavra Sublaco, local perto de Roma onde S. Bento, fundador da Ordem dos Frades Beneditinos, ter-se-á recolhido em contemplação.

 

Dotada de uma grande religiosidade, a mata do Buçaco suscitou o interesse do Vigário Geral dos Carmelitas Descalços, no século XVI, quando descobriu que a beleza deste local era o ideal para que os frades se dedicassem à vida contemplativa, em estreito contacto com a natureza. Um século mais tarde, D. João Manuel, bispo e conde de Coimbra, doou a mata para aí ser construído o convento dos Carmelitas, que começou a ser edificado em 1628. No entanto, foram ainda construídas várias capelas, ermidas, cruzeiros e fontes. A 27 de Setembro de 1810, dá-se a batalha do Buçaco, onde as tropas anglo-lusas, comandadas pelo general Wellington, venceram as tropas napoleónicas de Massena.

No final do século XIX, a família real portuguesa mandou construir aqui um palácio em estilo neo manuelino, obra realizada pelo arquitecto e cenógrafo Luigi Manini. Parte deste edifício, actualmente um hotel, foi construído no lugar das ruínas do antigo convento dos Carmelitas Descalços. Da obra original restam apenas os claustros, a capela e algumas celas entre as quais está a cela onde pernoitou Wellington, usualmente habitada pelo Irmão Superior.

O pecado da “gula” da Bairrada

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A zona da Bairrada não é apenas conhecida pelo leitão tostado e estaladiço. Pode ainda apreciar a chanfana de cabra com vinho tinto e o bucho de cabra com batata a murro. Todas estas iguarias são sempre “regadas” com vinhos produzidos na região e que garantem ao seu consumidor uma qualidade invejável. Para o final do repasto eis que chegam os doces. Além do tradicional arroz-doce, que nesta zona são feitos à base de ovos, é obrigatório provar as cavacas e os caramujos.

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