Preparado para atravessar os Passadiços do Paiva?
No verão de 2015 não se falava de outra coisa nas redes sociais: os passadiços do Paiva. Para quem não conhece, trata-se de um passadiço de madeira que se prolonga por mais de 8,7 quilómetros ao longo da margem esquerda do rio, percorrendo penedos e bosques e mostrando assim alguns dos locais mais fascinantes de Arouca. Munidos de bom calçado, garrafas de água e máquinas fotográficas, milhares de portugueses e turistas já viajaram até Arouca para percorrer este caminho durante os meses de maior calor.
Porém, em setembro de 2015, quase como para encerrar o verão, um grande incêndio começou junto aos passadiços, arruinando uma parte da estrutura. Para quem julgava, no entanto, que este incêndio era suficiente para pôr fim ao passadiço, esclarecemos já que não podiam estar mais enganados. Já em fevereiro de 2016, meses depois de restauro, os Passadiços do Paiva voltaram a abrir ao público.
Neste artigo, é até aos Passadiços do Paiva que viajamos, explicando porque deve fazer esta visita e apresentando ainda algumas sugestões e dicas do que pode fazer para melhorar a sua viagem e tirar melhor partido dela.
Passadiços do Paiva: mais de 8 km de beleza natural
Os Passadiços do Paiva localizam-se na margem esquerda do Rio Paiva, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro. No total, são mais de 8 km que proporcionam um passeio rodeado de paisagens de beleza ímpar, num autêntico santuário natural, junto a descidas de águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa.
O percurso estende-se entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca, encontrando-se, entre as duas, a praia do Vau. O visitante que por aqui passar poderá apreciar a uma diversidade biológica, geológica e arqueológica… Daí aconselharmos mesmo que leve uma máquina fotográfica!
Recomendamos que tenha primeiro o cuidado de fazer a inscrição antecipada no website oficial, assim como o pagamento (que tem o custo simbólico de um euro) para dessa forma assegurar que, ao chegar lá, pode começar a sua viagem. Ainda que inicialmente não fosse cobrada nenhuma entrada para atravessar os passadiços, esta foi uma medida adoptada pelo município para controlar a afluência excessiva de visitantes e conseguir uma melhor gestão de eventuais situações de socorro.
O que fotografar nos Passadiços do Paiva
Em média, os visitantes fazem este percurso no tempo de duas horas e meia a três horas. Este esforço, claro, vai exigir alguma resistência física da sua parta assim como uma dose considerável de espírito de aventura. Está preparado para, por exemplo, atravessar uma ponte suspensa? Porém, é preciso ter em atenção duas coisas.
A primeira, é que há ir e voltar, por isso, o caminho total são quase 18 quilómetros. É por isso que pode optar por fazer apenas o percurso de ida. Do outro lado, há táxis que o podem levar de regresso à entrada do passadiço ou, se for com um grupo grande de amigos, sugerimos que dividam os carros e alguém, antes de iniciar o percurso, deixe o veículo do outro lado.
A segunda decisão a tomar: escolher por onde começar. Tanto pode ser pelo Areinho, onde tem de enfrentar logo a escadaria que trepa pela fraga; começar pelo Espiunca, que deixa a parte das escadas mais para o final; ou pelo meio do percurso.
Seja por onde for, é um caminho de uma imensa frescura verde: carvalhos, freixos, sobreiros, amieiros, rochedos e o rio Paiva sempre ao lado, proporcionando sombras agradáveis e brisas frescas. Os impressionantes lances de escadas diagonais permitem ainda acessibilidade a lugares que eram antes praticamente impossíveis de alcançar a pé.
Não se esqueça de fazer uma paragem na ponte de pedra de Alvarenga, uma obra com quase 250 anos, para tirar uma fotografia. A mesma regra aplica-se à garganta do Paiva, o mais famoso percurso de águas bravas do país. Outros lugares para consolar a vista são a cascata das Aguieiras e a praia fluvial do Vau, onde tanto se pode parar para dar um mergulho como para fazer piqueniques.