Instagram: como a rede social está a mudar a forma como viajamos
O Instagram é uma das redes sociais do momento. Com uma média de 80 milhões de fotografias publicadas todos os dias, a rede social soma mais de 500 milhões de utilizadores que comunicam de uma forma muito simples: através da imagem. O propósito é partilhar um pouco das suas vidas, seja para que os seus seguidores deem uma espreitadela naquilo que estão a almoçar ou para que vejam (e sintam um pouco de inveja!) da experiência que estão a viver.
De uma forma simples, assistimos a um dos propósitos mais básicos da comunicação: os seguidores influenciam-se através daquilo que partilham, ajudando a construir opiniões e a gerar valor para certos elementos, objetos e locais.
O facto de que se deixam condicionar pelas publicações que recebem representa um grande potencial para as empresas. Por que não comunicar através desta rede social e aumentar as vendas? Existem já soluções no mercado para ajudar a gerir redes como o Instagram e a obter sucesso real nestes espaços, como é o caso do software , que o ajuda a encontrar conteúdos virais e a seguir as tendências dos utilizadores.
Entretanto, uma das estratégias que se tem vulgarizado nos últimos anos diz respeito ao investimento realizado por grandes marcas que estão dispostas a pagar a Instagramers famosos para fazer publicidade a roupa, cremes, restaurantes, hotéis, destinos e até automóveis. Um estudo de mercado recente mostrou mesmo que 48,8% das marcas atuam no Instagram, nos Estados Unidos, desta forma ou com uma estratégia semelhante.
E isto leva-nos então a fazer uma pergunta que nos parece pertinente: está o Instagram a mudar a forma como viajamos e como escolhemos o destino da nossa viagem? Tudo aponta que sim. A rede social é hoje uma das maiores fontes de inspiração de viagens, superando meios como a televisão e revistas, de acordo com um relatório da Blitz.
Ao longo dos próximos parágrafos tentamos perceber como a rede social, após seis anos no mercado, teve (e continuará a ter) um impacto nas decisões que tomamos para viajar.
DICA: Se você também deseja ter sucesso no Instagram conheça agora a nova versão deste na review: Como ter um Instagram de sucesso usando o Instamate 2.0
Instagram: acreditamos mais nos nossos amigos do que em agências de viagens
Do ponto de vista do seguidor, o Instagram funciona como uma espécie de máquina que vai alimentando os nossos sonhos: sempre que acompanhamos o nosso feed do Instagram e vemos fotografias de outros lugares, culturas e pessoas ficamos com vontade de fazer as malas e partir, certo?
Desde que surgiu a moda das hashtags começaram a surgir também uma série de perfis no Instagram que se especializam em publicar fotografias de outros utilizadores e das viagens que fazem. O sistema aplicado aqui é simples: ao publicar uma fotografia das férias que realizou, pode inserir uma hashtag relacionada com viagens e esperar que uma página a divulgue, caso a fotografia seja de facto espectacular. É isso mesmo que o Instagram do Mundo de Viagens almeja fazer, partilhando fotografias das viagens incríveis que outros seguidores fazem.
Estas fotografias de lugares perfeitos, quando colocadas online por viajantes quase profissionais ou que se apresentam como tal, surgem quase como recomendações. As fotografias que vemos em panfletos de agências de viagens ou em anúncios na Internet já não conseguem causar em nós o mesmo impacto, por exemplo.
Enquanto tais fotografias assumem um caráter institucional, com um claro call to action para conduzir à venda, as fotografias de viagens no Instagram parecem estar no seu estado mais puro: foram fotografadas por viajantes que viveram de facto o momento, que estiveram no local e decidiram captar essa experiência. São pessoas que você conhece e respeita, provavelmente amigos ou familiares.
O estudo da Blitz que mencionamos anteriormente mostrou que 84% de millennials e 73% de não-millennials preferem planear uma viagem baseando-se nas fotografias de pessoas que conhecem do que nas fotos de outros meios. E faz todo o sentido.
Chris Burkard, um fotógrafo de viagens com mais de dois milhões de seguidores, revelou que já conheceu pessoas que viajaram para certos lugares por causa das suas fotografias, um fenómeno que não acontecia há 10 anos. Isto prova por si só que o Instagram está mesmo a mudar a forma como viajamos e, acima de tudo, como decidimos os locais para onde vamos de férias.
Até agora falamos do impacto que o Instagram tem para o lado dos utilizadores. Mas será que este potencial não está também a ser aproveitado por aqueles que beneficiam diretamente com a afluência de turistas?
Na Nova Zelândia, a pequena cidade de Wanaka reconheceu que podia usar o Instagram e o poder dos utilizadores enquanto “influenciadores” para gerar word of mouth positiva. Assim, a cidade de Wanaka começou a convidar alguns dos Instagrammers de viagens com mais seguidores para conhecerem a localidade e partilharem aquilo que viam através das suas contas. Esta estratégia conduziu a um aumento de 14% do turismo local, o crescimento mais rápido de todo o país.
Claro que o Instagram também pode ser usado de forma mais negativa, como já tem acontecido. Nos últimos meses chegou mesmo a estar aberto um debate bastante aceso acerca da impertinência de certos utilizadores para tirar fotografias em locais que merecem um pouco mais de respeito. O caso das selfies retiradas no campo de concentração de Auschwitz, onde milhares de pessoas foram executadas, tem provocado grande contestação na Internet.
Outro ponto mais negativo passa pela saturação: muitos dos locais que vemos constantemente no Instagram tornam-se de tal forma populares que começam a atrair demasiadas pessoas, que tiram demasiadas fotografias. Lentamente, o excesso de partilha conduz à perda da essência do local e até mesmo à degradação ambiental.
Olá outra vez Eduardo. Muito bom conteudo como sempre. Por favor continue a postar conteudo informativo como este. Bom fim de semana