Localizada a cerca de 45 minutos do Porto, Amarante é um pequeno refúgio no norte de Portugal. Sem a confusão das grandes cidades nem a pacatez das aldeias do interior, esta terra consegue um equilíbrio entre modernidade e tradição que a tornam interessante para visitar num fim-de-semana ou para passar uns dias à descoberta.
Por lá é possível fazer atividades ao ar-livre, visitar museus e monumentos, beber vinho verde e provar iguarias, como o cabrito assado, a feijoada ou os muitos doces conventuais. A cidade localiza-se nas margens do rio Tâmega, onde se passam horas à conversa enquanto olhamos para o rio e para as pessoas às voltas nas plataformas flutuantes, movidas a pedal.
Indicada para turistas que se gostam de misturar com a população, Amarante é uma cidade com tradições e história. As origens remontam à pré-história, altura em que os primeiros povos primitivos se instalaram na Serra da Aboboreira. A popularidade da povoação só se tornou mais notória séculos depois, já por volta do século XIII, com São Gonçalo.
Mas esse é um assunto para desenvolvermos mais à frente, na altura em que falarmos dos principais pontos turísticos da cidade. Leia até ao fim e descubra tudo o que há para ver na cidade de Amarante.
Natural de Tagilde, em Guimarães, São Gonçalo escolheu Amarante para viver depois de uma longa peregrinação por Roma e Jerusalém. A partir daí o crescimento da cidade fundiu-se com a fama do próprio santo e começaram as peregrinações. A importância foi tal que, no século XVI, D. João III mandou erigir o Mosteiro de São Gonçalo num local onde já havia uma capela em sua honra.
Muito antes da chegada do santo, diz-se que havia uma antiga ponte romana que fazia a ligação entre as duas margens do Tâmega, numa estrada que vai de Braga a Guimarães. Essa ponte terá sido várias vezes restaurada, sendo que o próprio São Gonçalo usou esmolas para pagar o restauro. Em 1763, as cheias provocam uma derrotada, motivo que justificou uma nova remodelação. A ponte mantém a mesma aparência desde então.
Em 1887, Amarante viu nascer um dos maiores pintores portugueses: Amadeo de Souza-Cardoso. Além deste, fazem parte da história da cidade outros nomes que moldaram o modernismo português. Tal facto, de criar uma biblioteca-museu municipal onde pudessem estar as obras dos amarantinos. A certa altura tomou-se a decisão de dividir os dois edifícios e assim nasceram a Biblioteca Municipal Albano Sardoeira e Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso. O espaço é sinónimo de modernidade e situa-se junto à Alameda Teixeira de Pascoaes.
O Golfe de Amarante abriu portas no ano de 1997 e teve como principal objetivo levar para a região uma atividade que pudesse ser desfrutada em conjunto com a Natureza. O campo tem 18 buracos e foi arquitetado por Jorge Santana da Silva. Do projeto fazem parte uma escola de golfe para todos os que querem aprender, torneios regulares, uma loja e até um restaurante. Para ser sócio consulte o site oficial do Golfe de Amarante.
Este é um dos parques aquáticos mais famosos do norte de Portugal. Em funcionamento de maio a setembro, o Parque Aquático de Amarante possui piscinas para miúdos e graúdos. Há também várias diversões, assim como escorregas dos mais aos menos desafiantes. A paisagem envolvente é verde e faz lembrar um verdadeiro paraíso no meio da floresta.
Tem 5 hectares e localiza-se na freguesa de Cepelos. Um dos objetivos iniciais era reflorestar uma área da Serra do Marão de da Serra da Meia Vida, preservando a área verde do conselho. Hoje encontramos no Parque Florestal de Amarante uma série de espécies da fauna e floram como por exemplo o Gingko, planta conhecida como a árvore mais antiga do mundo.
Amarante é uma terra de turismo religioso. Além da Igreja de São Gonçalo (e de várias outras), recomendámos a passagem pela Igreja de São Pedro. Com uma história que remonta aos inícios do século XVIII, este edifício foi erigido pela Irmandade de São Pedro e é um simbolo do barroco.
Atualmente a Casa da Calçada é um hotel de luxo com morada no centro histórico da cidade. O edifício foi mandado constuir no século XVI para ser um palácio do Conde do Redondo. Com as invasões francesas, o palácio transformou-se num albergue para as forças resistentes, acabando por ser destruído numa batalha. Mais tarde foi comprado por privados e reconstruido.
No século XVIII, o Solar de Magalhães era habitado por uma família importante da cidade de Amarante. Na sequência da 2.ª invasão francesa, em 1809, a casa foi queimada. Está, desde então, em ruínas, mas mantém-se como um dos principais símbolos da cidade de Amarante e da resistência a Napoleão.